quarta-feira, 13 de julho de 2011

IMPULSIVIDADE

As crianças com TDAH são governadas por seus impulsos, vivem o momento, sem temer regras ou consequências. Esse pode ser o sintoma mais difícil de lidar. O uso da medicação(prescrita pelo médico) pode ajudar, mas as crianças também precisam de expectativas claras, incentivos positivos, e ter conhecimento das consequências possíveis dos seus atos impulsivos, para que possam aprender a regular seu comportamento.
Aprendi algumas dicas em livros, sites e outras com a experiência de ter passado por isso e agora tenho que lidar com a impulsividade do meu filho.
Nem conto as vezes que falei o que não devia e me arrependi depois. Acho que perdi algumas amizades por isso. Fiz muitas escolhas por impulso e de novo arrependimento. Não quero que isso seja uma constante na vida dele. Tento tirar proveito positivo da minha condição e passar para ele.
Aprendi, a duras penas, que devemos medir as palavras, principalmente ao dar opiniões sobre assuntos polêmicos.É muito difícil uma pessoa impulsiva parar para pensar, mas com treino e força de vontade, dá para melhorar bastante.
·         Sempre que a criança estiver impaciente, ensine-a a respirar e peça para que ela tente pensar em algo relaxante, tipo mar, chuva, uma música que goste etc. Quando estamos impacientes, a tendência é “estourar”, então, nada de dizer a primeira coisa que vier à mente nessas horas.( explicar o motivo)
·         Reconheça os esforços da criança com elogios específicos para aquele momento, quando ele conseguir se controlar.
·         Quando ele estiver muito irritado ( geralmente ficam assim quando são contrariados),peça , com voz firme e baixa, para ele parar, respirar e dar um tempo do assunto em questão. Diga que só haverá negociação quando ele falar calmamente e baixo. (Acreditem, consigo sempre acomodar as coisas dessa forma)
·         Falar sempre das consequências da impulsividade, de uma forma clara e simples para que ele possa compreender. Não fale muito, nos distraímos com facilidade. Não adianta ter “aquela conversa” e depois perceber que a criança não captou quase nada. Pessoas com TDAH assimilam melhor orientações curtas e objetivas e que sejam lembradas de vez em quando.
Lembrar que cada criança é única e com personalidades e necessidades distintas. Saber identifica-las é o desafio permanente dos pais e professores, para utilizar esse conhecimento na melhor forma de agir com a criança.
Abraços

terça-feira, 5 de julho de 2011

COMO VOCÊS VIERAM ATÉ ESSE BLOG?


Gostaria de saber  como vocês me encontraram.
Foi  buscando um assunto específico? no Google? de links em blogs ou recebem dicas de amigos?   Se você veio parar aqui através de um mecanismo de busca, lembra qual palavra utilizou? Veio de outro blog? indicação de alguém? Twitter? Facebook?
Queria conhecer vocês.Já tenho mais de 700 visitas,mas salvo as que me seguem ,(beijos para vocês!) Quem vem aqui não deixa comentários. E agora? Como vou saber se o que escrevo interessa ou acrescenta algo para vocês?
Então, o que você acha desse espaço?

sábado, 2 de julho de 2011

VOCÊ ESCUTA MAS NÃO ENTENDE?

Olá.
Sempre em busca de aprimoramento profissional e também de auxilio no dia a dia com meu filho,estou participando de uma oficina muito interessante.Veja aqui:
Distúrbio do Processamento Auditivo Central – DPAC e Dificuldades de Aprendizagem Relacionadas.


No início tem um texto que achei belíssimo e queria compartilhar com vocês:
 A metáfora da Borboleta e a Psicopedagogia.

"Lembro-me de uma manhã em que eu havia descoberto um casulo na casca de uma árvore, no momento em que a borboleta rompia o invólucro e se preparava para sair. Esperei bastante tempo, mas estava demorando muito, e eu estava com pressa. Irritado, curvei-me e comecei a esquentar o casulo com meu hálito. Eu o esquentava e o milagre começou a acontecer diante de mim, a um ritmo mais rápido que o natural. O invólucro se abriu, a borboleta saiu se arrastando e nunca hei de esquecer o horror que senti então: suas asas ainda não estavam abertas e com todo o seu corpinho que tremia, ela se esforçava para desdobrá-las. Curvado por cima dela, eu a ajudava com o calor do meu hálito. Em vão. Era necessário um acidente natural e o desenrolar das asas devia ser feito lentamente ao sol - agora era tarde demais. Meu sopro obrigara a borboleta a se mostrar toda amarrotada, antes do tempo. Ela se agitou desesperada, alguns segundos depois morreu na palma da minha mão. Aquele pequeno cadáver é, eu acho, o peso maior que tenho na consciência. Pois, hoje entendo bem isso, é um pecado mortal forçar as leis da natureza. Temos que não nos apressar, não ficar impacientes, seguir com confiança o ritmo do Eterno."
Para Refletir
Esta pequena história nos faz pensar num dos aspectos do trabalho do Psicopedagógico, ou seja, sobre o respeito ao aluno e às necessidades de aprendizagem de cada criança. A lagarta passa por um longo processo de transformação para virar borboleta e poder voar. A lagarta se alimenta muito para crescer. Este "alimenta-se para crescer" do ponto de vista da Psicopedagogia são as experiências que a criança vai adquirindo em contato com as pessoas, os objetos e o mundo em geral. Há que se selecionar os "alimentos estímulos" mais apropriados para este crescimento. Depois, ao formar o casulo, a lagarta entra em repouso. Este tempo é necessário para que haja uma assimilação e uma acomodação das experiências, para que o sujeito as possa tomar como suas, fazendo e refazendo, como se construísse o seu casulo. Mas, há o tempo de sair do casulo e poder voar. Tempo de mostrar, de expressar, de comunicar. As formas de mostrar o que se sabe são variadas, às vezes são desenhos, ou são novas brincadeiras, ou, até novas perguntas. Só que cada lagarta tem seu tempo de casulo e seu tempo de ser borboleta. Não há como forçar e nem como acelerar os tempos, sem o risco de perdermos o vôo da borboleta! Precisamos aprender a observar nossos alunos, e acima de tudo respeitar o tempo de aprender de cada um.
Silvano Sulzart.
Boa semana!

O BLOG

Sejam bem vindos a esse espaço, no qual poderemos compartilhar nossas dificuldades com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e suas consequências.
Nesse espaço podemos falar de tudo um pouco: Filhos, com ou sem TDAH,organização,culinária, decoração. Como DDA, gosto de coisas bem diversificadas.
espero vocês!
Bia Machado